terça-feira, 29 de outubro de 2013

Winplus Pro - Programa Certificado nº 1751/AT - Fuga ao fisco incorporada ao software.

Segunda a empresa produtora do software, em seu website: http://www.winrest.pt/produto.ud121?oid=5045594&c_oid=-39689:
'O WinPlus PRO é uma versão melhorada do nosso produto WinPLUS, este tinha por objetivo ser um produto simples de entrada de mercado. O WinPlus PRO por sua vez, já tem a função de permitir a troca de software da concorrência de forma simples.'




Na verdade o que MELHOROU na versão foi algo muito simples:
Tal como o iECR, O Winplus Pro, baseado na plataforma Pingwin, tem um sistema de fuga ao fisco incorporado à aplicação, de forma simples e eficaz. Por apenas 400€ o comerciante pode ter um programa que lhe permite escolher sobre que facturas vai pagar o IVA, e quanto vai pagar.
Mas perguntamos: E ninguém suspeitou? Primeiramente o software na verdade NÃO foi certificado. Fizeram um produto novo e utilizaram a certificação do produto antigo.
Se virmos no portal das finanças, a certificação nº 1751 refere-se ao Winplus, o programa original:
Winplus -  2013.01199 -  GRUPOPIE PORTUGAL S A -  1751 - Certificado -  2013-04-12

Ora, fizeram um produto novo, e continuam a dizer que é o antigo, e assim nem sequer tem que o enviar para avaliação da DGCI, e é claro que a DGCI jamais se vai lembrar de fiscalizar este facto.

Ora, como funciona então esta ferramenta?

É simples, ao registar uma venda, há um 'BOTÃO MÁGICO (como na imagem abaixo). Se não quisermos declarar esta venda basta carregar neste botão e ela fica 'suspensa', mas o cliente até leva um talão e pensa que está tudo correcto.

Ao final do dia, entra-se em MODO FORMAÇÃO, e acede-se a um ecrãn onde se podem ver todas as vendas que são candidatas a DESAPARECER.
Carrega-se nos botões Todos e Gravar, como listado abaixo, e VOILÁ.
As vendas, e todos os seus vestígios desaparecem do sistema.



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

iECR - Software Certificado 1194/AT - Tem sistema de fuga ao fisco incorporada à aplicação

Este sistema (www.iecr.com), certificado pela Autoridade Tributária, e que custa apenas 200€, permite de forma simples fugir ao impostos.

Como funciona?
No ecran de pagamento, se carregar no BOTÃO VERDE
 o documento vai para um estado SUSPENSO, e ao fechar o dia, DESAPARECE.



É assim simples, o cliente vai pagar, nao pede fatura com contribuinte, carrega-se no botão verde, e voilá, o documento é fechado e fica 'suspenso'.
Assim, permite ao dono do estabelecimento controlar quanto está a 'poupar' no IVA (porque se for demasiado ainda desconfiam).
No fecho do dia, a mágica acontece e todos estes documentos desaparecem.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O problema da Fuga ao Fisco é ainda mais grave quando nos apercebemos da total impunidade das empresas de software e das deficiências a nível de falsificação.
Já muitos denunciaram, o assunto é amplamente conhecido, o estado faz leis cosméticas (certificação, SAFT, obrigatoriedade de equipamento informático) que de nada, ou quase nada servem.
Aliás, servem para encher os bolsos das empresas informáticas, que fabricam novos produtos preparados para fugir às novas regras.

Cada um dos programas tem a sua própria 'técnica'.

Dentre eles podem citar-se:
iECR e WinplusPRO (método de fuga incorporado ao software)WinplusPRO (Grupo PIE) - utiliza o mesmo método do iECR

SDK (Grupo PIE) - O cliente 'finge' que comprou um software feito à medida, e assina um falso contrato com um falso programador chamado Nelson Roda, que supostamente lhe desenvolveu o programa à medida. Assim, nao tem obrigatoriedade de certificação. Na verdade é o software Pingwin, com uma imagem do restaurante do cliente para parecer que foi feito à medida. O cliente recebe então um programa, semelhante ao antigo SIM, que em 2007 deu tantos problemas, para apagar e manipular a seu gosto as faturas emitidas.

Winrest (Grupo PIE) - Possui um módulo, vendido a parte, chamado Loyalty Plus, que permite que, através de uma PEN fornecida para o efeito, se possa apagar as faturas que o cliente nao quer declarar.

E o mais impressionante é que esta informação não é nova, e as autoridades a conhecem bem, e se não conheciam, vão conhecer agora, pois vamos publicar aqui cada um deles e a maneira como operam.

Qualquer busca na net por fuga ao fisco leva às notícias de 2007:
http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2006-01-02-pj-e-fisco-detectam-fraude-em-restaurantes-que-usavam-a-aplicacao-winrest
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=682803
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=72539

E leva-nos a compreender algo muito mais importante:
NADA FOI FEITO. Investigou-se, provou-se, e o que era continua a ser, sem que ninguem faça nada.
Portanto, é SEGURO fugir ao fisco.
Se tem um restaurante e também acha que nao deve pagar os impostos, basta adquirir uma destas soluções na vasta rede de revendedores, cada uma com um preço adequado a cada bolso, e começar hoje mesmo a 'mandar para o tecto' a parte da facturação que nao quiser declarar nos impostos.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Começamos este espaço com uma reflexão sobre o imenso problema da FUGA AO FISCO, que faz parte da nossa cultura portuguesa.
Principalmente na área da RESTAURAÇÃO, são muitas as artimanhas para não pagar os impostos.

A mais antiga, e mais eficaz, é nao registar nada e meter o dinheiro ao bolso.
Entretanto esta técnica só funciona se fores o dono do estabelecimento, pois se mandares um empregado meter o dinheiro ao bolso, vai ficar no bolso dele.

Mais, com as exigências do estado em ter computador e programa certificado, esta solução fica cada vez mais difícil, e era este o objetivo.

Embora os empresários considerem que não pagar os impostos é quase um direito adquirido, e justificam-no com o facto de o estado nao dar bom uso a estes impostos, a verdade é que não estão a roubar necessariamente ao estado, mas sim ao CONSUMIDOR.

Ou seja, se fui a um restaurante e paguei 30€, a minha despesa foi na verdade 24,39€, os restantes 5,61€ são o IVA, que me foi cobrado com a premissa de o entregar depois ao estado.
Logo, o CONSUMIDOR não fugiu ao fisco. Pagou o IVA devidamente e cumpriu o seu dever.
O comerciante por sua vez, ficou fiel depositário desta quantia, que posteriormente iria entregar ao estado, abatido daí o seu custo (o IVA que pagou pela mercadoria).

Ora, assim sendo, ao não o entregar, significa que neste caso paguei 5,61€ a mais do que devia pagar.
Se este estabelecimento fizer esta operação a 20 clientes por dia, terá metido ao bolso 112,20€ a mais, e ao fim de um mês serão 3366€.
Ora, a grande maioria dos consumidores que lá foram deixar 30€, garantidamente não ganham 3366€ por mês, mas este artista, sob a alegação de que os impostos são muito caros, conseguiu aumentar o seu rendimento à custa do dinheiro do consumidor.