quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Começamos este espaço com uma reflexão sobre o imenso problema da FUGA AO FISCO, que faz parte da nossa cultura portuguesa.
Principalmente na área da RESTAURAÇÃO, são muitas as artimanhas para não pagar os impostos.

A mais antiga, e mais eficaz, é nao registar nada e meter o dinheiro ao bolso.
Entretanto esta técnica só funciona se fores o dono do estabelecimento, pois se mandares um empregado meter o dinheiro ao bolso, vai ficar no bolso dele.

Mais, com as exigências do estado em ter computador e programa certificado, esta solução fica cada vez mais difícil, e era este o objetivo.

Embora os empresários considerem que não pagar os impostos é quase um direito adquirido, e justificam-no com o facto de o estado nao dar bom uso a estes impostos, a verdade é que não estão a roubar necessariamente ao estado, mas sim ao CONSUMIDOR.

Ou seja, se fui a um restaurante e paguei 30€, a minha despesa foi na verdade 24,39€, os restantes 5,61€ são o IVA, que me foi cobrado com a premissa de o entregar depois ao estado.
Logo, o CONSUMIDOR não fugiu ao fisco. Pagou o IVA devidamente e cumpriu o seu dever.
O comerciante por sua vez, ficou fiel depositário desta quantia, que posteriormente iria entregar ao estado, abatido daí o seu custo (o IVA que pagou pela mercadoria).

Ora, assim sendo, ao não o entregar, significa que neste caso paguei 5,61€ a mais do que devia pagar.
Se este estabelecimento fizer esta operação a 20 clientes por dia, terá metido ao bolso 112,20€ a mais, e ao fim de um mês serão 3366€.
Ora, a grande maioria dos consumidores que lá foram deixar 30€, garantidamente não ganham 3366€ por mês, mas este artista, sob a alegação de que os impostos são muito caros, conseguiu aumentar o seu rendimento à custa do dinheiro do consumidor.

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